Você me trará?
Será que se eu lhe pedir,
Você me trará aquilo que mais
desejo?
Nada complicado, nada caro,
embora,
Na escala dos desejos, seja o
mais estranho,
O menos encontrado.
Será que se eu lhe mostrar,
Você reconhecerá e, a partir desse
momento,
Será teu desejo igualmente forte
e fugaz,
Permitido e herético, pura
heresia
Daqueles corações perversos que o
negaram,
Mas que lhe peço: não negues
mais!?
O que lhe peço mão alguma pode
dar,
Força alguma pode encontrar,
Senão a da alma, se é que possuis
uma,
E sei que sim, acaso caminharias
ao acaso,
Ou talvez estejamos todos nós
jogados
Nesse ocaso de nossas formas
etéreas;
Ao benefício do acaso cruel e
amargo dos
Desejos realizados, aqueles não
desejáveis,
Aqueles insaciáveis, dos corações
que aprendemos
A chamar de irmãos; a chamar...
nunca mais?
Não! Há beleza e sentimento,
Eu os quero aqui, comigo!
Cúmplices dos sonhos, aprendizes
da realidade,
Sejamos nós agora, desse doce
momento
Até a eternidade, que a gratidão
Nos preencha boca e rostos e logo
Essa seja a face do mundo,
Pois não há beleza maior que ser
grato
Por um Bem que nos há sido feito,
Não há maior alegria que, sem
questionamentos,
Sermos presenteados com a
gratidão de alma e coração,
Através dos atos de Bem,
continuados a partir daquele primeiro gesto,
Daquela primeira palavra,
Em circuito, em longo circuito
através do mundo,
Iluminando os espíritos e
sorrisos,
Sendo, eternamente sendo,
estando, vivendo...
Se eu lhe pedisse, será que você
me traria?
Uma corrente... Talvez de ouro,
talvez
De prata, mas não para se usar no
pescoço,
E sim ao redor de todo o mundo.
Se eu lhe pedisse essa jóia...
Será que você me traria?
Patricky Field
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