sábado, 21 de setembro de 2013
sexta-feira, 13 de setembro de 2013
Daring to jump off
There’s a
feeling of no inspiration in me today,
Like my
ideas were off, for vacations,
Or my
ability to muse was a little lazy,
Out of
nothing, inside a thousand of fences,
Who would
dare to jump to the other side?
Radical or
not, call me silly,
But I rather
jump off this cliff,
That no one
seems to sight,
That all
the ones insist in saying it is not there,
But I know
is there, and I know, it is high.
Why to
crawl if you can fix your wings,
No response
from the service, okay, you are your own warranty,
A
screwdriver and a little of glue,
Maybe a
white feather or two,
It’s ready,
fresh and shiny, once again, like new.
It would be
good,
I’d use
this tip myself today,
As the sun
is fast going down,
But it is
still shinning by the other side, on the wall.
Yes, I can
see it right from where I am right now.
But the
lamps are on; even it is full-sun day;
And I got
the memories of a time I not even remember when,
Because it
is fictional, like you and me and us all,
Who am I?
Who you are?
Aren’t we
all this stubborn streaming of thoughts?
And I was
trying to tell myself it is easy,
Though I
know how difficult it is,
But who can
fool the own within?
We are not
that silly, or am I mistaken about everything?
I rather
live instead of dreaming…
Because I
feel like running out of things I never knew I was willing,
Exactly
like when we are in the dark, waiting for a light,
But when it
comes, it is too late for the eyes,
They are
used to that hole where we all have been left inside.
And it is
deep, into the depth of our precious lives.
And I’ve
just saved this file;
Has anyone
done the same to me right now?
Just a
click away; or maybe it is not as easy as it is in virtual life,
I can’t see
any mouse connected to me, and I can’t jump off this cliff,
Because
there’s a Truth wired to a heart, everything connected in an essential link;
Everything
there, inside of the one that’s me.
Patricky Field
domingo, 1 de setembro de 2013
Entrevista com uma árvore
Anne Russel
Agosto, 2013
Colhendo hoje, amoras de uma Amoreira de galhos espaçados, pensei se no lugar da latinha a qual eu enchia de suas frutinhas roxas, eu tivesse papel e caneta, e claro, ela, uma boca. Estava uma manhã fria, mas o sol brilhava num ascendente faiscante. Eu, em vez de ficar em pé, como estava me sentaria. Refrearia as contingências do mundo por uns momentos, que seriam tão especiais e autênticos que deles eu jamais me esqueceria.
Começaria minha entrevista um tanto tímida, já que a árvore, senhora de si e sentinela daquela colina, parecia tudo saber... Talvez mais que de uma só vida.
A sombra refletindo a luz filtrada através do caule, folhas... E os frutos ainda verdes dependurados com o orgulho silencioso dela.
Com respeito eu começaria:
___ O que sente a senhora nesse momento em que tem de si frutos que
generosamente dá como oferta a um mundo que talvez nem saiba de sua existência?
___ Minha jovem criatura. Sou antiga como os tempos que formaram a estrutura da primeira semente de quem eu sou. Nós, amoreiras, mesmo que fôssemos a última, ainda teríamos em nós a primeira. E ter atingido esse doce estágio de florescer e frutificar é algo que reverencio em meu interior, é o respeito que devo a semente que me formou e ter atingido esse nível no processo todo que a entropia inspira, é como se houvesse caminhado, como vocês criaturas que podem andar, e ter lutado, não contra, mas à favor do Sol, da chuva, de tudo de que me servi e que agora sirvo por minha vez, devolvendo a porção exata de que utilizei desse ambiente que me cercou como uma mãe, armazeno em mim a seiva da própria terra. O sangue da vida que me fez crescer. É a ele que devo a cor do primeiro fruto amadurecido em meu seio no primeiro dia de primavera que testemunhou esse ciclo que não é só meu, e sim pertence a todo esse universo que me fez quem sou.
Desde a primeira semente surgida séculos de vocês criaturas, até aquela primavera que viu meu primeiro fruto. Dei ao mundo a felicidade que recebi, e das dificuldades de atingir esse momento, nem me lembro, desde que minhas outras irmãs possam viver através de mim e dos meus frutos.
*** ***
Eu escreveria tudo rapidamente, e fascinada com o milagre daquela entrevista inusitada e maravilhosa, eu continuaria a perguntar:
___ A sensação em colher seus frutos é algo intimista, que remete ao profundo de um eu talvez perdido em nosso próprio interior. Pensa que seja o traço de uma eternidade, que ultrapassa as barreiras da matéria através do ir e vir, fluxo constante de vida de seu interior?
___ Alcancei o prêmio dos que não necessitam buscar ou dar explicações. São aos outros que sirvo, não a mim. Se meus frutos servem a um propósito maior que apenas alimentar a vida, se com eles podem vocês humanos sentirem algo superior, não é a mim que devem e sim a esse envolvimento superior que os quer elevar, assim como meus galhos que procuram estar cada vez mais perto dos céus, embora jamais possa esquecer minhas raízes, porque elas me prendem, mas com doçura própria da mãe que é regaço para o filho; assim foi a terra para mim, assim ainda o é. Sei que talvez serei ceifada antes mesmo de outra primavera, mas não vivo por esse momento do fim , não é por ele que vivo, entende? E sim por todos os dias os quais servi à vida.
Eu, embevecida, passaria a mao por seus caules finos, sem entender por que ela, logo ela falara de morte.
Então, olharia à minha volta... Um toco queimado e arrasado do que havia sido um vigoroso e belo Flamboyant, outro, e outro. Mais à frente frondosos Eucaliptos dos quais não restaram nem a lembrança.
___ Desculpe árvore querida, e pensar que eu os amava a todos... E não foi o suficiente para salva-los.
___ Eles estão salvos... Aqueles que lhes causaram isso é que jamais estarão.
FIM
Agosto, 2013
Colhendo hoje, amoras de uma Amoreira de galhos espaçados, pensei se no lugar da latinha a qual eu enchia de suas frutinhas roxas, eu tivesse papel e caneta, e claro, ela, uma boca. Estava uma manhã fria, mas o sol brilhava num ascendente faiscante. Eu, em vez de ficar em pé, como estava me sentaria. Refrearia as contingências do mundo por uns momentos, que seriam tão especiais e autênticos que deles eu jamais me esqueceria.
Começaria minha entrevista um tanto tímida, já que a árvore, senhora de si e sentinela daquela colina, parecia tudo saber... Talvez mais que de uma só vida.
A sombra refletindo a luz filtrada através do caule, folhas... E os frutos ainda verdes dependurados com o orgulho silencioso dela.
Com respeito eu começaria:
___ O que sente a senhora nesse momento em que tem de si frutos que
generosamente dá como oferta a um mundo que talvez nem saiba de sua existência?
___ Minha jovem criatura. Sou antiga como os tempos que formaram a estrutura da primeira semente de quem eu sou. Nós, amoreiras, mesmo que fôssemos a última, ainda teríamos em nós a primeira. E ter atingido esse doce estágio de florescer e frutificar é algo que reverencio em meu interior, é o respeito que devo a semente que me formou e ter atingido esse nível no processo todo que a entropia inspira, é como se houvesse caminhado, como vocês criaturas que podem andar, e ter lutado, não contra, mas à favor do Sol, da chuva, de tudo de que me servi e que agora sirvo por minha vez, devolvendo a porção exata de que utilizei desse ambiente que me cercou como uma mãe, armazeno em mim a seiva da própria terra. O sangue da vida que me fez crescer. É a ele que devo a cor do primeiro fruto amadurecido em meu seio no primeiro dia de primavera que testemunhou esse ciclo que não é só meu, e sim pertence a todo esse universo que me fez quem sou.
Desde a primeira semente surgida séculos de vocês criaturas, até aquela primavera que viu meu primeiro fruto. Dei ao mundo a felicidade que recebi, e das dificuldades de atingir esse momento, nem me lembro, desde que minhas outras irmãs possam viver através de mim e dos meus frutos.
*** ***
Eu escreveria tudo rapidamente, e fascinada com o milagre daquela entrevista inusitada e maravilhosa, eu continuaria a perguntar:
___ A sensação em colher seus frutos é algo intimista, que remete ao profundo de um eu talvez perdido em nosso próprio interior. Pensa que seja o traço de uma eternidade, que ultrapassa as barreiras da matéria através do ir e vir, fluxo constante de vida de seu interior?
___ Alcancei o prêmio dos que não necessitam buscar ou dar explicações. São aos outros que sirvo, não a mim. Se meus frutos servem a um propósito maior que apenas alimentar a vida, se com eles podem vocês humanos sentirem algo superior, não é a mim que devem e sim a esse envolvimento superior que os quer elevar, assim como meus galhos que procuram estar cada vez mais perto dos céus, embora jamais possa esquecer minhas raízes, porque elas me prendem, mas com doçura própria da mãe que é regaço para o filho; assim foi a terra para mim, assim ainda o é. Sei que talvez serei ceifada antes mesmo de outra primavera, mas não vivo por esse momento do fim , não é por ele que vivo, entende? E sim por todos os dias os quais servi à vida.
Eu, embevecida, passaria a mao por seus caules finos, sem entender por que ela, logo ela falara de morte.
Então, olharia à minha volta... Um toco queimado e arrasado do que havia sido um vigoroso e belo Flamboyant, outro, e outro. Mais à frente frondosos Eucaliptos dos quais não restaram nem a lembrança.
___ Desculpe árvore querida, e pensar que eu os amava a todos... E não foi o suficiente para salva-los.
___ Eles estão salvos... Aqueles que lhes causaram isso é que jamais estarão.
FIM
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