sábado, 28 de julho de 2012

domingo, 22 de julho de 2012

Perdoando...














 "(...)
 Uma infinidade de sentimentos perpassaram por sua mente, em um milésimo daquele segundo ele sentiu medo, por Dináh estar desprotegida ali frente aquela situação, sentiu dor, contrariedade, raiva e tudo isso se mesclava ao passado, de onde Gerald também parecia resgatar a dor daquele conflito que os envolvera a todos e do qual não haviam conseguido sair ilesos naquela vida.
Tais marcas eram para sempre. Quisty as carregara consigo durante todos os seus dias e também Gerald as tinha, embora não as recordasse, agora se lhe apareciam tão vivas quanto o momento que vivia ali, crendo que Quisty lhe era uma ameaça... Mas a quê? Ele sentia sua vida ameaçada por Quisty, mas não entendia a razão daquela dor, daquela agonia que o dominava.
            Quisty o olhou ali, naquele segundo. Todos tiveram sua parcela de culpa no passado, mesmo não tendo atentado diretamente contra a vida de ninguém, ele se envolvera e contribuíra para que o fim trágico de todos ocorresse da maneira como ocorreu. E isso agora ele compreendia tão inteiramente, que lhe causou um estranho sentimento que nunca antes havia lhe acometido. A dor da culpa, era isso o que sentia agora, não mais raiva ou medo; e ao enxergar em si também a origem daquele mal, Quisty sentiu algo subir-lhe ao peito, tão forte que diante de Gerald, ele até então calado, uma palavra escapou-lhe dos lábios, surpreendendo a si mesmo e também a Gerald, que não pareceu entender o que ouvia:
             ___ Perdão...
             ___ O quê? – Gerald se afastou um pouco, olhando surpreso para Quisty.
             Quisty o fitou também, dizendo mais uma vez o que sentia tão forte por dentro:
             ___ Me perdoa... Pelo o que eu fiz, me perdoa...
                                                                  (...)"

sábado, 21 de julho de 2012

Não existe o Mal



"Todos os males, quando grandes demais, assustam pela aparência grotesca e obscura; nunca se sabe o que deles esperar. É o caos, que ocorre quando não há como prever o próximo passo, ou saber o que advirá no dia seguinte...   Mas esse é o universo do mal, ele é dominado pelo obscurecimento e tem que calcular, à força, os milímetros exatos por onde caminhar para não perder o chão, para controlar as ações, próprias e alheias. E buscam por esse domínio obscuro até se aprofundarem nele, e quanto mais profundo... perdem-se. 
Não há como encontrar a direção certa ou errada, e toda a energia empregada naquele território se esgota e se acaba. Se apaga como uma chama que antes podia parecer intensa e assustadora, queimando as mãos de quem tentou se proteger contra o mal... 
Não quero me proteger a esse custo, não quero me queimar em uma chama que não tem como arder eternamente e me alcançar. Eu sinto aqui, dentro do meu peito, que há mais em mim, em vocês, em nós todos, do que há por aí, em milhões, bilhões de pessoas que possam estar aderidas ao mal, crendo ser ele a chama guiadora de suas buscas e ambições. Eu não estou sozinho, não tenho ódio ou receio por razão alguma, e aqui, agora, declaro que sou inteiro pelo amor que durante anos vi crescer dentro de mim, pelo o que eu sou, pelas vidas de vocês e por todo um universo que é além e maior e mais justo do que papel algum ou voz alguma no mundo já proferiu."
Como visto em Coração e Ímpeto, por Patricky Field.

O que possivelmente pode ser o amor?

"É complicado, atordoante, te vira completamente do avesso, mas encontrar a pessoa que te completa é a melhor sensação que alguém pode ter. É como se fosse um encontro consigo próprio, e como tal, é claro, amedronta, faz você repensar toda sua vida, e você descobre que não era nada antes de conhecer o verdadeiro amor, e que, depois dele, você já era, está aniquilado se não tiver mais, mesmo que por um dia, sua alma especial ao seu lado."
Patricky Field - em Coração e Ímpeto

domingo, 15 de julho de 2012

Não há mal maior ou menor... Há apenas o próprio ser.



















"Whenever any Evil is too fierce, we use to be frightened by its grotesque and obscure shape; it’s hard to know what to expect from it. It’s the chaos. A chaos, that happens always when there’s no how to anticipate the next step, or how to know what’s coming on the following day…
But that dull universe belongs to the Evil only, it is overtaken by its darkness and it must, even against its wish, calculate the right millimeters for where it’s going to walk on, for not to lose the ground, so that it can control the actions, own and another’s. And the Evil hunts for that gloomy control more and more until it’s deeply dragged in it; and the deeper it goes… it goes even more lost. Thus, there’s no how to find any direction, right or wrong, and all that energy spent on that territory turns to nothing and runs out of itself. It burns out like a flame whose glow seemed to be so intense and scary before, burning the hands of all those ones who tried to protect themselves from the Evil…
I don’t want to make me safe at this cost, I don’t want to be hurt by a flame that can’t burn forever or reach me out.
I feel it right here, in my chest, that there’s more in me, in you, in all of us, much more than there are in millions, billions of people who may have joined this Evil, in the believing that it is the flame that will guide their dreams and ambitions. I’m not alone here, I don’t feel any hate or doubt inside, and here and now I claim myself whole by the Love that I’ve watched to grow inside of me for years: Love for whom I am, for the lives of you all; and for the whole Universe that’s beyond everything and that’s wider and much more fair than any paper or any voice might speak up one day, at any time. "
From the book Heart and Rush.