sábado, 16 de fevereiro de 2013

Quando o novo dia nascer


 

A noite vem fria e com sua escuridão,
Há tanto a fazer, mas eu penso em dormir;
O medo de infância era tolo e vão,
O sol retornava todas as manhãs e me fazia sorrir.

Agora, enxergo no escuro o que antes era impossível,
O monstro negro virou-se sombras e luzes,
Da noite, não temo nada, isso parece incrível,
Mas é em plena luz do dia que enfrento meus medos e minhas cruzes.

Por que abrir mão da paz, se tudo é nada?
O medo do escuro é como o medo da verdade,
Se não a conhecermos, a vida não é mais que sombra que passa,
E o grande monstro da infância é a ignorância em qualquer idade.

Não ignore seu momento, viva, da aurora ao ocaso;
Cada segundo é um dom divino porque é único, não retorna;
Podemos escolher entre o amor ou o pouco caso, mas,
De ambos, apenas a você cabe dar a cor, o som ou a forma.

Não temo nada, sou eu parte do Universo,
E um halo novo, de brilho intenso, me faz leve e puro,
Como o teu sorriso me faz desejar em teu olhar estar imerso,
Enquanto os dias passam e as noites fazem um desenho novo em teu muro.

E, não mais os monstros do passado, as noites mal dormidas;
Não mais os dias de angústia por uma mal vivida vida;
É doce o mar, o céu, a estrada por onde eu vou, cada dia;
Eu posso, do caminho, colher flores ou travar a briga.

Mas eu escolho o sol, o brilho da luz em minha alma,
Que tem o amor permitido se acenda, amor pela vida,
Pela força da simplicidade de afeiçoes reais e não forçadas.
Não me chocam as mentiras que murmuram nas calçadas;
Na serenidade de meus passos, por sobre a areia, pedra ou brasa,
Caminho dois mil passos se preciso for, para retornar a casa.

E, na escuridão da noite, há um pedido a fazer,
Que você tenha bons sonhos e desperte tranqüilo quando o novo dia nascer.