segunda-feira, 15 de abril de 2013

Jardim de meu amor


Jardim de meu amor



Sua presença é como a dança das borboletas, leve,
preenchendo o ar detrás dos portões de um jardim secreto,
onde bulbos dormentes florescem por onde antes só havia neve,
sementes em flores que se assistem e caem, entre si, em afeto.


A memória de sua existência, doce, tênue, tão antiga,
recordava-me, com certeza, de sua face, seu sorriso,
equivoquei-me por tais vezes, mas a sorte soou amiga,
sua face, uma vez mais, me apareceu, sem espera ou aviso.


Eu te amo, te amei e por certo te amarei,
ainda creio em algo mais que nos leva, eu te encontrei,
sua presença foi tão breve, por que sempre vai embora?
Então retorne, como as flores no jardim secreto, sem demora.


Como um menino, talvez não mais que quando de ti me lembro,
trajado em verde escuro, como as folhas do carvalho,
seu sorriso ainda me lembra os dias claros de setembro
quando a flor colhida ainda sustentava última gota de orvalho.


Ai de mim, se me engano não quero tal dura sentença,
me preenche de alegria apenas por conhecer sua essência,
e por detrás dos portões tomados de hera de nosso jardim secreto,
meu coração de ti se preenche como, de flores, o jardim se vê repleto.


Patricky Field